Salve tricolores!
Fim de jogo no Allianz. Palmeiras e São Paulo empataram sem gols em um jogo horroroso, sem muita criatividade dos dois times. O jogo foi tão chato que, aos 38 minutos do primeiro tempo, nenhum dos dois times havia chutado em direção ao gol. Lamentável.
Primeiro Tempo
O São Paulo foi a campo no 3-4-3, com Rafael no gol; Ruan, Arboleda e Alan Franco compondo a zaga; Igor, Maia, Allison e Enzo no meio, com os alas com liberdade para subir; Luciano, André Silva e Calleri para brigar no ataque. Zubeldia preferiu deixar Lucas e Oscar no banco e manter Luciano entre os titulares. Quarteto desfeito.
A estratégia, aparentemente, era tentar mais cruzamentos na área, aproveitar um pouco melhor os dois atacantes e dar mais tranquilidade ao sistema defensivo. No papel, o que realmente funcionou foi a parte defensiva, enquanto no ataque, Calleri e André Silva não conseguiram produzir absolutamente nada. No caso de André Silva, nosso camisa 17, errou tudo o que tentou. Dessa forma fica difícil justificar sua presença no time titular.
Com 4 minutos de jogo, Maurício, do Palmeiras, saiu lesionado e foi substituído por Estevão. Confesso que essa substituição me causou um pouco de preocupação de como Enzo iria se virar pela esquerda.
No meio, o que se viu foi Pablo Maia e Allison se desdobrando na marcação para conter o meio-campo do Palmeiras. A maior parte das jogadas foi travada pela nossa dupla de volantes, com a ajuda de um voluntarioso Enzo Diaz, que, aos poucos, vem se tornando peça-chave nesse time (e o Wendell que lute). Graças a forte marcação, Veiga não conseguiu ver a cor da bola e foi substituído.
Tirando toda a luta, não houve muito mais a comentar no primeiro tempo. Vimos um São Paulo surpreendentemente tranquilo, que jogava toda a responsabilidade do jogo para o Palmeiras, em um confronto travado e com pouca ação.
André Silva:
“Quero valorizar a entrega dos meus companheiros nessa primeira parte. Estamos muito bem organizados, sabemos da qualidade do time do Palmeiras. Agora é escutar o que o professor tem para falar. Estamos bem e vamos continuar assim para buscar o gol.”
Veiga:
“A gente não encaixou da forma que gostaria ainda. Dá pra gente pressionar mais em alguns momentos e, quando estiver com a bola, movimentar mais para achar os espaços. A gente vinha tendo mais facilidade nos outros jogos com essa formação; nesse aqui está encontrando um pouco mais de dificuldade. Ainda tem mais um tempo, temos tudo para melhorar.”
Estatísticas do primeiro tempo
Escanteios: 2 x 0
Posse de bola: 48% x 52%
Finalizações: 3 x 1
Finalizações no alvo: 0 x 0
Passes completos: 171 x 181
Passes incompletos: 28 x 25
Faltas cometidas: 10 x 8
Desarmes: 5 x 4
Impedimentos: 1 x 4
Segundo Tempo
Após o intervalo, ambos os times retornaram sem alterações, e o Choque-Rei continuou monótono, com muitas interrupções e pouca movimentação de bola.
No entanto, um deslize na saída de bola do São Paulo permitiu ao Palmeiras criar sua melhor oportunidade aos 11 minutos. Depois de um cruzamento de Piquerez, o atacante Flaco López se posicionou bem na área e cabeceou a bola para o chão; ela ricocheteou e passou zunindo por cima do travessão.
Aos 20 minutos, Zubeldia resolveu colocar Lucas Moura e Cédric no jogo, nos lugares de André Silva e do péssimo Igor Vinicius – aliás, o Igor foi substituído depois de errar um domínio fácil ao receber o passe do companheiro. Bem nível Igor Vinicius mesmo…
A primeira jogada de Lucas já trouxe grande perigo ao Palmeiras. Depois da escorada de Calleri de cabeça, a bola sobra para o nosso atacante, que avança e bate cruzado, mas Weverton faz uma grande defesa e impede o gol. Nesses 5 minutos, Lucas já havia dado mais finalizações do que Calleri e André Silva.
Destaque também para Rafael, que fez uma ótima defesa em uma cabeçada a queima-roupa de Flaco López. Essa defesa rendeu até elogios do atacante palmeirense ao goleiro.
Na parte final do segundo tempo, Oscar e Marco Antonio entraram no lugar do “amarelado” Allison e do cansado Luciano. A partir daí, o que se viu foi o São Paulo perdendo o meio-campo, dando oportunidade ao Palmeiras de cruzar diversas bolas na nossa área. Cabe aqui um elogio ao nosso trio da zaga, que fez uma ótima partida e a Enzo Diaz, que travou todas as jogadas de Estêvão pelo lado esquerdo.
Fim de jogo no Allianz. O São Paulo consegue o objetivo de se classificar antecipadamente e Zubeldia respira no cargo. Agora, resta saber se o quarteto vai ser enterrado ou se teremos mais variações táticas do treinador.
Raphael:
“Sabemos que já classificamos, mas também sabemos da importância de nos classificarmos bem na tabela geral para levar nossos jogos para o Morumbi, onde temos força. Vamos encarar esses dois jogos que faltam com muita dedicação para conquistar os seis pontos e ficar no topo da tabela e, assim, levar o jogo para perto do nosso torcedor, que é muito importante e faz a diferença.”
Notas
Rafael – GOL
Nota: 7
Fez uma ótima defesa na cabeçada de Flaco López a queima roupa. Garantiu o resultado novamente em um clássico.
Igor Vinicius – LAT
Nota: 5
Não comprometeu tanto como de costume, mas é evidente sua falta de técnica e as tomadas de decisões erradas.
Arboleda – ZAG
Nota: 7
Fez uma ótima partida como todo o trio de zaga. Destaque nas bolas aéreas e não errou tantos passes na saída de bola.
Alan Franco – ZAG
Nota: 7
Vem adquirindo um melhor ritmo a cada jogo. Hoje mostrou tranquilidade em distribuir a saída de bola e deu até ótimos lançamentos. É impressionante como sempre procura ganhar a posse de bola e entregar ao companheiro com tranquilidade em jogadas de disputa de bola.
Ruan – ZAG
Nota: 6
Zubeldia usou um termo novo: Stopper. Agora temos mais essa…
Ruan cobriu bem o lado do Igor Vinicius e não deixou espaços. E isso não é tarefa fácil.
Enzo Díaz – LAT
Nota: 7
Esse cara é um monstro! Deixa tudo em campo todo jogo. Hoje terminou a partida exausto, com as pernas fracas, mas impediu o lado esquerdo do Palmeiras de fazer qualquer jogada perigosa. Colocou Estêvão no bolso.
Cédric– LAT
Nota: 5
O pior jogo de Cédric desde que chegou. Parte boa é que já dá pra ver que o português tem recursos e sabe se virar quando dão a bola na fogueira pra ele.
Alisson – MEI
Nota: 7.5
Nossa dupla de volantes fez uma ótima partida. Alisson, mesmo pendurado ao levar cartão bobo no começo do jogo, conseguiu manter a calma e ajudar o time a manter o resultado.
Pablo Maia – MEI
Nota: 7.5
Melhor partida de Maia desde o retorno. Conseguiu jogar os 90 minutos e brigou em todos os lugares do campo. Está adquirindo o melhor ritmo a cada jogo.
Marco Antônio– MEI
Nota: 4
Depois que entrou no lugar de Allison o São Paulo perdeu o meio campo.
Oscar – MEI
Nota: 4
Não conseguiu relar na bola depois que entrou.
Luciano – ATA
Nota: 6
Uma boa partida do Luciano. Conseguiu compôr bem ali o meio campo e dar bom passes.
Lucas Moura – MEI
Nota: 6
Entrou e em 5 minutos deu 2 arremates ao gol, um inclusive com grande perigo, mas foi só.
Calleri – ATA
Nota: 6
Brigou, incomodou a zaga adversária mas não conseguiu finalizar.
André Silva – ATA
Nota: 4
Uma atuação pra esquecer. Fez nada. Errou tudo.
Luis Zubeldía – TEC
Nota: 6
Hoje fez o óbvio: Reforçou a zaga e desfez o quarteto. Ganhou um pouco a mais de tempo para tentar impôr suas ideias. Acredito que ter entrado com uma postura retranqueira nesse momento foi o mais acertado. É preciso conter os danos e isso ele conseguiu.
